sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Estudo mostra que a pessoa transexual não sofre de perturbação mental

Artigo de divulgação científica de autoria de Rafaela Carvalho, publicado pela Agência de Notícias da USP, em 10 de fev. de 2011, apresenta estudo do psicólogo Rafael Cossi, intitulado Transexualismo, psicanálise e gênero: do patológico ao singular, no qual o pesquisador mostra que “a vontade de ser do sexo oposto não implica necessariamente uma patologia ou uma disfunção de percepção da aparência, mas uma singularidade de algumas pessoas”.

Essa diretriz aponta para a recusa da teoria lacaniana, dos anos 1950, que associava o transexualismo à personalidade psicótica, ou seja, de que a perda da noção da realidade do corpo faria com que um homem se enxergasse mulher e vice-versa.

Para Cossi, o “transexual não alucina que seu corpo é o do outro sexo. Ele o reconhece de fato como é, mas nega isso e recorre à realização de intervenções hormonocirúrgicas, como meio de adequar sua anatomia à sua identidade sexual”.

Por outro lado, Cossi também afirma que “Transexual não é apenas a pessoa que solicita a cirurgia de mudança de sexo. Há homens que vivem como mulheres e mulheres que vivem como homens mesmo com o órgão sexual oposto. Eles lidam bem com isso e sentem que não precisam fazer a cirurgia. Para muitos deles, sua redesignação civil, a mudança de nome, já lhes é suficiente, assim como o reconhecimento e o respeito do outro.”

A dissertação de mestrado de Cossi, apresentada ao Instituto de Psicologia da USP em 19 de maio de 2010, sob orientação da Profª Drª Maria Lucia de Araujo Andrade, está disponível neste link:
www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-16072010-110202/pt-br.php

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