quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Esclerose múltipla, uma doença autoimune que vitima sobretudo jovens
Em palestra da Jornada de Neurociências (ocorrida em novembro, na Unicamp, SP), a professora Leonilda M. B. Santos apresentou os aspectos imunológicos envolvidos na esclerose múltipla: uma doença autoimune em que há destruição da bainha de mielina.
A bainha de mielina atua como isolante elétrico e sua destruição pode levar à degeneração dos neurônios e à perda de sua função. Ocorre, então, fraqueza muscular, rigidez e dores nas articulações, além de perda de coordenação motora.
Essa doença, que vitima principalmente jovens adultos com idade entre 20 e 40 anos, ainda não é bem compreendida pelos cientistas. Evidências apontam que a esclerose múltipla resulta de uma combinação de fatores ambientais e genéticos.
Na esclerose múltipla, há perda da capacidade de distinção entre aquilo que é próprio do corpo e o que é estranho, resultando na geração de leucócitos autorreativos e no desencadeamento de autoimunidade. Isso ocorre porque há infiltração de células imunes no sistema nervoso, as quais apresentarão uma resposta inflamatória tanto a um provável antígeno ali presente como também a componentes próprios do sistema nervoso (que formam a mielina).
A esclerose múltipla não tem cura, consistindo seu tratamento no uso de imunossupressores para atrasar a progressão da doença. Estão sendo pesquisados anticorpos direcionados a componentes que atuam na mediação da migração dos leucócitos, com vistas a uma futura aplicação terapêutica.
Texto adaptado de Beatriz Abramczuk. Esclerose múltipla: uma das múltiplas fronteiras das neurociências. 11/11/2009. Disponível em:
www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=3¬icia=579
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